Coronavírus no Equador: semáforos para o desconfinamento

A América Latina tornou-se o novo epicentro da pandemia da COVID-19. Hoje contamos como estamos a trabalhar para responder a este alerta sanitário causado pelo novo coronavírus no Equador, um dos países da região mais afetados pelo vírus.

Alerta sanitário no Equador

O Equador está a ser um dos países da América Latina mais castigados por uma das pandemias mais graves da história. O número de casos de COVID-19 confirmados superam os 46.000 e as mortes causadas pela doença ultrapassaram as 3.600. Guayaquil, a segunda maior cidade do país, é a mais afetada pela pandemia. A sua capacidade de resposta a pessoas afetadas pelo vírus chegou a colapsar durante semanas.

Semáforos para sair do confinamento

Embora o estado de emergência seja mantido pelo menos até 16 de junho, o país latino-americano já iniciou uma saída gradual do confinamento, que será baseada num sistema de semáforos. As cidades vão passar por 3 cores –  vermelho, amarelo e verde – que indicarão as diferentes restrições que os habitantes terão em cada momento. O que significa cada cor?

-Vermelho: foi assim que começaram a maior parte das cidades equatorianas. Trata-se do estado inicial do plano de desconfinamento. Durante este estado, mantêm-se medidas como a prioridade de teletrabalho ou o toque de recolhimento entre as 18h e as 5h.

-Amarelo: com o semáforo amarelo, reduzem-se algumas normas. Por exemplo, o tempo de recolha é menor, a mobilidade aumenta e pode-se retomar o trabalho presencial com metade dos funcionários a trabalhar ao mesmo tempo.

-Verde: neste caso, a cor verde não implica liberdade total para voltar ao que consideramos a “vida normal”, mas é o mais próximo da normalidade. Inclui, entre outros aspetos, menos restrições à circulação de veículos e maior facilidade de aceder a uma consulta externa de todas as especialidades médicas.

Um plano regional perante a pandemia

A magnitude da pandemia na América Latina levou a Ajuda em Ação a desenvolver um plano de resposta global na região. A nossa experiência de mais de 35 anos de luta contra a pobreza e desigualdade na América Latina, bem como a nossa extensa rede de trabalho, permite-nos conhecer em primeira mão as necessidades das famílias mais vulneráveis perante a COVID-19. Graças a este trabalho de equipa, podemos prestar ajuda humanitária a mais de 75.000 pessoas. Este plano inclui 11 países da América Latina: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e México.

Como é a nossa resposta humanitária no Equador?

A nossa intervenção perante este alerta de saúde no Equador concentra-se em sete províncias: Esmeraldas, Carchi, Cotopaxi, Chimborazo, Tungurahua, Azuay e Guayas. Graças à solidariedade de todas as instituições e pessoas que nos apoiam, poderemos alcançar as comunidades mais remotas e pobres. No total, mais de 24.000 pessoas poderão fazer frente à emergência graças a ações como:

-Distribuição de kits de alimentos e higiene: para muitas famílias, o confinamento interrompeu os seus rendimentos diários, colocando em risco a alimentação e a saúde dos seus elementos, especialmente das crianças.

-Apoio ao sistema de saúde: através da campanha “Nós protegemos aqueles que nos protegem”, demos materiais aos técnicos de saúde para combater a COVID-19, como roupas de biossegurança, ventiladores, óculos de segurança ou luvas de nitrilo.

-Prevenção da violência intrafamiliar: o confinamento pode desencadear e agravar situações como a violência familiar. Através de vários vídeos de consciencialização, pretendemos que as vítimas ou testemunhas possam identificar o problema a tempo e denunciá-lo.

-Apoio a mulheres migrantes: através de assistência telefónica, estamos a prestar primeiros socorros psicológicos a mulheres migrantes e vítimas de violência de género. A nossa equipa de profissionais também poderá encaminhar casos às instituições para garantir que os serviços de cuidados e proteção necessários sejam implementados.

Agora, mais do que nunca, #SomosAjuda, para que ninguém seja deixado para trás durante e após o alerta de saúde causado pelo coronavírus no Equador. Visite o nosso site e saiba como estamos a trabalhar em todo o mundo para enfrentar esta pandemia.