Ainda que alguns países o neguem, os efeitos das alterações climáticas estão a afetar a economia mundial. As suas graves consequências já são visíveis quer nas pessoas, quer no ambiente, mas o seu impacto ameaça desestabilizar seriamente a economia dos vários países. Se não os travarmos agora, mais tarde esta situação poderá ser irreversível. A boa notícia é que está nas nossas mãos e ainda estamos a tempo: ainda é possível travar os efeitos das alterações climáticas na economia mundial.
Oito consequências socioeconómicas das alterações climáticas
Travar as consequências das alterações climáticas na economia mundial é um dos grandes desafios da atualidade devido aos seus múltiplos efeitos. De seguida, damos a conhecer oito das consequências das alterações climáticas para a população mundial:
- Diminuição da produtividade das culturas agrícolas.
- Subida dos preços dos alimentos básicos.
- Os fenómenos meteorológicos extremos afetam severamente os países que já de si são mais vulneráveis.
- Obriga populações inteiras a migrar do seu local de origem em busca de um lugar mais seguro para viverem.
- Aumento das doenças e pragas.
- A escassez de água transformou-se num dos principais problemas para a humanidade.
- A insegurança gera conflitos devido aos escassos bens dos países.
- Subida do nível dos mares e oceanos.
Como é que as alterações climáticas afetam a economia mundial
Os efeitos das alterações climáticas na economia mundial não podem ser entendidos sem ter em conta a globalização. As economias dependem umas das outras.
O esforço de alguns países para reduzir as suas emissões acaba por não surtir efeito se aqueles que mais poluem se negam a fazer também a sua parte. O compromisso alcançado no Acordo de Paris está a tornar-se obsoleto devido à negligência de alguns países e ao abandono de outros. O tempo escasseia e o custo para não aumentar a temperatura do planeta em dois graus é cada vez mais elevado. Não só por aquilo que não é ganho no imediato, mas também pelas enormes perdas no futuro.O aumento da temperatura, os incêndios, as variações na precipitação ou os fenómenos climáticos extremos deixam milhões de pessoas em situação de pobreza e vulnerabilidade. Além disso, limitam o crescimento económico e impedem um desenvolvimento sustentável, uma vez que acabam por ter impacto em todos os níveis e setores da economia e da sociedade.
O Banco Mundial alerta para que, se não forem tomadas medidas de forma urgente, o impacto das alterações climáticas poderá conduzir cem milhões de pessoas à pobreza em 2030. Ou o travamos agora ou será cada vez mais difícil alimentar uma população em crescimento que, segundo a análise das Perspetivas Mundiais de População 2019 das Nações Unidas, em 2050 poderá chegar aos dez mil milhões de pessoas.
Qual pode ser o seu contributo contra as alterações climáticas?
Damos-lhe algumas ideias de coisas simples que pode fazer para combater os efeitos das alterações climáticas:
- Plantar uma árvore: é capaz de absorver uma tonelada de dióxido de carbono durante a sua vida.
- Apagar a televisão e o computador: não deixe os carregadores ligados à corrente ou os aparelhos em stand-by porque continuam a consumir energia.
- Evitar os plásticos e embalagens descartáveis: uma garrafa de plástico pode levar até 500 anos a degradar-se.
- Reciclar e reutilizar: uma lata de alumínio pode poupar 90% da energia necessária para produzir uma nova. Para fazer um fato são necessários 5.500 litros de água e para uns sapatos mais de 4.000 litros.
- Utilizar energias limpas e renováveis.
- Reduzir a emissão de gases poluentes: evite utilizar o carro e recorra aos transportes públicos ou faça os seus percursos a pé. Contribuirá para travar as alterações climáticas e para cuidar da sua saúde através da prática de exercício.
O que faz a Ajuda em Ação para combater os efeitos das alterações climáticas?
Na Ajuda em Ação trabalhamos desde 1981 junto das pessoas mais vulneráveis para que tenham um futuro melhor nos quatro continentes onde estamos presentes. Apesar de serem quem menos contribui para as alterações climáticas, estas pessoas são quem mais sofre com as suas consequências. Por isso, damos-lhes formação sobre como cuidar do meio ambiente e evitar práticas abusivas e sugerimos formas de se poderem adaptar às alterações climáticas e mitigar as suas consequências.
Trabalhamos para garantir a segurança alimentar e o acesso a água potável das famílias. Promovemos o uso de energias limpas e renováveis e a proteção dos solos e florestas. Cuidamos dos ecossistemas naturais.
Evitar os efeitos das alterações climáticas passa por construir um modelo produtivo que promova o desenvolvimento e crescimento económico sustentáveis. Porque cuidar do planeta é responsabilidade de todos.